Inaê, uma mulher trans, negra e baiana de Salvador. As primeiras imagens sonoras de sua percepção de canto vêm tanto de sua mãe quanto de sua avó e dos momentos em que seu pai tocava violão e ela prontamente se inclinava na beirada da cama para cantar. Brincar com notas e melodias sempre fez parte de sua história de vida. Assim que ingressou na Licenciatura Teatro da UFBa, começou a estudar canto de forma sistemática. Suas referências musicais são genuinamente brasileiras e antropofágicas: samba de roda, mpb, sonoridades diaspóricas e sertanejas, o movimento tropicalista e as sonoridades baianas contemporâneas. Foi vendo e ouvindo Gal Costa que ela se entendia como cantora. E foi vendo e ouvindo Elza Soares que ela se entendeu como uma cantora negra. Atua como multiartista no Coletivo das Liliths, nascente de onde vem suas mais profundas noções de teatralidade e performance.

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